Tem sido difícil. Preciso de poesia. Descubra onde dói, doutor, por que eu já não ando querendo saber de nada! Preciso de um livro de auto-ajuda. Preciso de poesia que me encante como a música para a bailarina da caixinha de música. Só para sair desse compasso. Desse andar em círculo. Desse correr atrás do próprio rabo. Que rabo? À essa altura nem mais rabo há. Há breu. Frio. Vítima. Algoz que me fita da fotografia preto-e-branca. Mofada.(e o presente é tão fugaz que só o passado me anima). Não quero nada com o futuro.