sábado, 26 de setembro de 2009
Minha São Paulo
São Paulo. Velocidade é o seu combustível. Concreto. Grandeza.Cinza. Apoteótica avenida com pirâmides sem Faraós. Faraós com pirâmides paralelepípedas. Antenas arranhado as grossas nuvens negras de chuva, ondas e carbono. Carros. Lentas serpentes luminosas percorrendo largas avenidas sem fim, sem destino. Marginais. Ladeiras. Trânsito. Carrões. Buzinas. Cruzamentos que nunca são fechados. Há cheiro de ambição no ar, de dinheiro, de negócios, de meninos de terno e gravata babando sangue em cantinas italianas rodeadas de putas, travestis e motéis baratos com cara de pensão do interior. Um eldorado pandemônico, desvairado. Um carnaval sisudo, que dança na garoa com um copo de vinho, vestindo um sobretudo, preto e branco em tons arlequinais. Ruas que dão sempre em outras ruas, sem esperança de mar. Ipiranga com São João. Vinte e cinco de março. Centro e periferia.
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Um comentário:
pena você conseguir chamar de 'minha'
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