Admiro a capacidade do Boninho e da Rede Globo de tornarem o Big Brother um programa popular. Tudo bem que ajuda pra caramba só colocarem caras sarados e mulheres gostosas andando de sungão e biquininho o dia inteiro, mas acho estranho ninguém se incomodar que quem está como que de férias e com o agradável risco de ganhar um milhãozim (e muito mais, depois) são eles e não nós. Santa empatia (no caso, marketing)! Os participantes nem têm nada de extraordinário que não a beleza. Ou se têm, não têm espaço pra mostrar por que estão muito ocupados malhando, tomando banho de piscina, dançando nas festas ou conversando sobre quem indicou quem ou quem deve ou não ir pro paredão. Mas de alguma forma isso causa comoção nas pessoas e as faz acompanhar religiosamente o programa, torcer por fulano e se tornar inimigas mortais de cicrano sem nunca tê-los visto na vida.
Isso me leva a crer que o grande público veja o BBB como uma grande novela. Não duvido muito que tenha um certo ‘script’ por trás de tudo e que já se saiba de antemão, mais ou menos, quem levará a bolada, mas é óbvio que ali há uma chance muito maior para improvisos e imprevistos e pode ser que aí esteja o diferencial. Uma amiga defende, e com razão, que o programa não pretende ser além daquilo que, supostamente, é: entretenimento. Computação gráfica e edição bacaninha corroboram o argumento dela. Ok, eu me rendo, mas continua sendo meio curioso, olhando “de fora”, se divertir vendo um bando de gente tirando férias e gritando “uhuuuuu” por tudo.
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