terça-feira, 13 de janeiro de 2009

eletrotango

Eu e minha fixação por vilões. Devo ter sido um cara muito cobra em alguma outra encarnação porque sempre preferi os vilões. Já pensou se eu descubro que fui Gengis Khan? Ou, sei lá, Adolf Hitler? Ok, peguei pesado. Eu devo ter sido alguma personalidade mais controversa, tipo algum imperador romano desses que nem foi o diabo, mas também passou longe de ser Deus. Eu e minhas inúteis digressões sobre megalomanias reencarnacionistas. No final das contas, um dia acabo descobrindo que fui mesmo é um pobre-diabo qualquer desses que perambulou a toa pelo mundo e ninguém nunca soube da existência e que veio nessa adorando vilões só para se vingar do mundo cruel por tabela – isso me fez lembrar que estou devendo um post sobre Hamlet que quero muito escrever. Vai saber.
Fato é que sou muito mais a Flora que a Donatella. Ok, a Donatella não é o tipo de mocinha que estamos acostumados a ver, ela é “humana” (leia-se “faz maldade também”). Muito menos a Flora é um tipo de vilã comum, dessas que comem criancinhas no café da manhã, coelhinhos branquinhos no jantar e dão gargalhadas medonhas em noites de lua cheia. Estes dias fiquei pensando sobre essa história de vilão e mocinho e me veio à cabeça uma chefe megera que eu tive (uma das poucas, aliás, meus últimos chefes são totalmente do bem). Ela era chefe megera só ali naquele ambiente de trabalho, onde por algum tempo eu desenvolvi a mui nobre arte de odiá-la a cada palavra que ela falava (ou gritava, para ela, dava no mesmo). Mas vai saber, de repente ela é uma ótima mãe, uma amiga compreensiva, uma filha exemplar. As pessoas que não trabalhavam com ela, eu percebia, em geral, gostavam dela. E muito. Depois de um tempo confesso que isso começou a me intrigar e passei a vê-la com outros olhos e a coisa ficou um pouco melhor entre a gente e passei a ver que algumas pessoas também me consideravam vilão em alguns momentos. Eu confesso que eu não só era, como ainda sou, e não poucas vezes, e com alguma intensidade também.
Claro, tem algumas pessoas que perdem a mão. Até os santos, há tempos, não têm ao certo a medida da maldade. A Flora, por exemplo, por causa de um sentimento de rejeição mal resolvido fez o que fez. E nem pensem em dizer “ah, mas aquilo é novela”. Na verdade, vivem na ficção aqueles que acham que essas coisas não acontecem. Os psicopatas são mais comuns do que se imagina. Aqueles que transformam amor em ódio também.
Isso tudo por que acho que a Donatella deve perdoar a Flora. Se fosse eu juro que eu acho que perdoaria.
Ok, no próximo post, prometo que tento virar homem. Qual assunto vocês preferem? Futebol, política ou mulher?

Um comentário:

Luciana disse...

Noveleiro....tsc tsc tsc...rs
Post mto bom. Bjs