segunda-feira, 25 de maio de 2009

Não se segure

Ouço tiros à noite na cidade. Tiros. Por favor, não saia assim na rua, por acaso. Balas, que não são confeitos, ferem de sangue o ar frio da noite e as estrelas choram um pranto negro que não se vê. Como criança órfã, o acaso sente falta da mãe. E tudo o que estava em suspenso (sentido, causa, rotina, coisas) despenca vertiginosamente. “Não segure” diz o fuzil.

Um comentário:

Luciana disse...

Adorei o email do velho cão!
Pensei que poderia ser a história de um cão na casa da Renata... hehehe
Bjs!